* Câmbio derruba saldo comercial de autopeças
O que os representantes do setor de autopeças propalavam exaustivamente há um ano se confirmou.
A exportação estagnou, enquanto a importação disparou.
O resultado é que o saldo da balança comercial, tradicionalmente positiva, despencou dos US$ 466,2 milhões no primeiro quadrimestre de 2006 para US$ 36,6 milhões no mesmo período deste ano.
A cotação do dólar na faixa de R$ 2 contribuiu para as importações de autopeças aumentarem 20,58% no primeiro quadrimestre, atingindo US$ 2,63 bilhões.
No mesmo período, as exportações cresceram menos de um ponto percentual, para US$ 2,66 bilhões.
"A valorização do real frente ao dólar, processo que parece não ter fim, faz crescer a participação de produtos importados e prejudica os produtores locais", afirmou Paulo Butori, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) num informativo do Sindipeças.
associados para refazer a previsão para o ano, que era encerrar 2007 com superávit de US$ 11,8 bilhão.
Em 2006, o setor alcançou saldo de US$ 1,984 bilhão.
"Comparo o nosso setor a um transatlântico que está sendo freado.
Não pára de repente, mas pára", dizia Butori no ano passado, num alerta de que o saldo positivo acumulado até 2006 era ilusório, fruto de negócios fechados cinco anos antes e num dólar mais favorável.
A Alemanha é o principal fornecedor de componentes ao Brasil, seguido de Japão e EUA.
A China vem em 8º lugar na lista dos 20 principais países que abastecem o mercado brasileiro.
(GAZETA MERCANTIL – SINOPSE RADIOBRÁS)